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Crianças e adolescentes que têm alergia alimentar podem e devem frequentar a escola.
A segurança no ambiente escolar depende do trabalho em parceria da família com a escola para que, juntas, possam acolher o estudante com alergia alimentar. Quanto melhor o acolhimento de quem tem alergia alimentar, menor o risco de o aluno se sentir excluído e de acontecerem situações constrangedoras, como a prática de bullying por parte de colegas.
Por vezes, o acompanhamento com psicólogo pode ajudar a melhorar a autoestima da criança ou adolescente e ajudar no convívio com seus colegas e nas situações do dia a dia.
Para que a escola possa lidar melhor com a alergia (especialmente em casos de reações), o ideal é que a família leve um relatório médico detalhado com:
– os dados da criança,
– alergia a qual(ais) alimento(os), os tipos de reações que costumam ter,
– indicação do que fazer em casos de reação alérgica, se há medicação a ser usada e qual a dosagem e/ou forma de aplicação – para os casos de alergia mediada por IgE, recomenda-se ter um plano de ação.
No caso de medicamentos enviados para a escola, é importante que sejam armazenados próximo ao local em que estudante costuma ficar e que haja mais de uma pessoa que saiba identificar reações e a medicar/socorrer caso ocorra uma reação.
Alguns materiais escolares têm, em sua composição, alergênicos, como algumas marcas de giz de lousa, que contêm caseína (proteína do leite), giz de cera (algumas contêm soja) ou massinha (muitas contêm trigo). Por isso, é importante checar a composição do material e orientar a professora a fazer o mesmo.
Especialmente no caso das crianças menores, para tentar evitar trocas indesejadas, é possível etiquetar garrafinhas, lancheira e potes que sejam levados à escola com o nome da criança, e até com um lembrete: criança alérgica a leite, por exemplo. Em alguns casos, é recomendável que os itens sejam lavados em casa a fim de evitar contaminação.
Ao planejar as atividades pedagógicas, a escola precisa levar em conta a existência de alunos(as) com alergia
alimentar na turma, seja no uso de embalagens como caixas de leite, ovos, recipientes de iogurtes etc, seja na escolha de receita para aulas de culinária ou ainda no uso de instrumentos musicais, especialmente de sopro, como a flauta, situação em que o ideal seria que o alérgico tivesse seu instrumento para uso exclusivo.
Se a refeição é fornecida pela escola é importante conversar com a direção e com o nutricionista responsável pelo cardápio e também pedir para conversar com os responsáveis pelo preparo dos alimentos, de preferência conhecer o espaço em que as refeições são preparadas.
Uma boa maneira para se evitar reações é pedir o cardápio com antecedência e indicar as adaptações que precisam ser feitas pela escola na escolha dos produtos e/ou no preparo das refeições – o Alerta Alergia pode ser um grande aliado nesta etapa. Também é fundamental levar orientações e dicas sobre leitura de rótulos e cuidados no preparo das refeições.
Escolas públicas e conveniadas com o poder público da educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) devem fornecer cardápio especial para necessidades alimentares especiais, incluindo a alergia alimentar, elaborado com base em recomendações médicas e nutricionais. Esse cardápio deve ser feito com base no Caderno de Referência sobre Alimentação Escolar para Estudantes com Necessidades Alimentares Especiais, elaborado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
Em caso de viagens e passeios com a escola, verificar se a refeição será levada de casa por cada aluno, se será elaborada pela escola ou se será preparada por terceiros no local do passeio.
É importante conversar com quem for preparar a refeição, inclusive o nutricionista responsável (se houver), para checar quais os alimentos que serão oferecidos e buscar soluções seguras e acolhedoras.
Sempre que houver passeio externo, a escola deve levar cópia do relatório médico e do plano de ação e deve garantir que haja ao menos duas pessoas aptas a identificar reações e que saibam o que fazer em caso de emergência.
Conversar na escola (direção e professores) para que avisem com antecedência quando houver festa ou comemorações na escola. Vale também conversar com as demais famílias da classe. Assim será possível que a família se organize para enviar a escola alimentos que o estudante possa comer em segurança.
A alergia alimentar não pode resultar em exclusão de ninguém das atividades, festas e eventos da escola. Por isso, é importante estreitar parceria com a escola e com as famílias para que o espaço dedicado à formação dos indivíduos para o exercício da cidadania não se torne um ambiente perigoso e pouco acolhedor.
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