Nos últimos dias 9 e 10 de agosto, no Rio de Janeiro, aconteceu o ALERGORIO, congresso promovido pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – regional do Rio de Janeiro, com diversas mesas e paineis dedicados ao tema da alergia alimentar.
Na mesa dedicada ao tema da dermatite atópica, a médica alergista Dra Ana Paula Moschione Castro trouxe os dados de que nem sempre a alergia alimentar está relacionada e destacou em que situações deve-se suspeitar do alimento. Lembrando que para fechar o diagnóstico é sempre necessário realizar o teste de provocação oral. E que dieta somente deve ser feita se houver necessidade.
Outro grande destaque do evento foi o painel sobre os prós e contras do tratamento da dessensbilização, com excelentes exposições dos medicos Dr José Luis Rios e Dra Ana Paula Castro.
Como nem sempre a tolerância oral chega naturalmente, em alguns casos específicos (alergias mediadas por IgE com reações graves – anafilaxia – e sempre após os 5 anos), o médico poderá sugerir tratamento chamado de dessensibilização (imunoterapia oral), seja por meio da oferta de pequenas doses do alimento, seja pelo consumo de alimentos preparados de uma maneira especial (baked).
No Brasil, estes tratamentos estão disponíveis em alguns centros médicos para alérgicos a leite e a ovo. É preciso ter muita cautela na escolha do médico e do local em que os tratamentos irão acontecer, que deve ter estrutura própria para atendimento em caso de urgência e experiência no procedimento. E recomenda-se que o alérgico tenha sempre a caneta de adrenalina autoinjetável.
É necessário que a família e o médico (e sua equipe) estabeleçam uma relação de confiança e discutam os prós e contras do tratamento.